Apenas um Ato

Apenas um ato

Apenas um passo

Um sorriso em gesto

Apenas um andar, um olhar sem expressão.

Apenas um não, um sim de ilusão.

Sem pressa, sem essa de escolher a direção.

Apenas um grito, que surgiu do nada.

Apenas um vulto, mais um na multidão. Apenas um ato

Apenas um passo

Um sorriso em gesto

Apenas um andar, um olhar sem expressão.

Apenas um não, um sim de ilusão.

Sem pressa, sem essa de escolher a direção.

Apenas um grito, que surgiu do nada.

Apenas um vulto, mais um na multidão.

Um movimento de mãos, de pernas, de braços no corrimão.

Um som entre os outros sons de muitos lugares

De muitos andares, depois de muito chão.

Apenas um ato, de fato, no toque dos dedos.

Apenas um rato, que come no prato aquela podridão.

Um esgoto esgotado de restos que vão

Apenas um ato, mais um na solidão.

Rômulo Cabral
Enviado por Rômulo Cabral em 19/06/2007
Código do texto: T532444
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.