Pela Janela

Em minha cama próxima a janela

A noite parecia tão bela.

Mas o medo era aparente

A confusão aparecia pintada numa tela

Luzes entram em fachos de forma insistente.

O Pânico e a Loucura mostraram suas caras

Estavam à beira da janela me observando

Com olhar penetrante, como lâminas de facas.

Aguardam o momento de pular para meu quarto

Para perfurarem os sentimentos desconexos

O criado mudo apenas uma garrafa e um livro velho

Companheiros de uma vida monótona e vazia

Que trazem alento a um velho jovem

A impressão de uma vida fria

Estou inerte, feito uma estátua.

Sendo observado apenas pelo Noturno

Na parede um espelho

Reflete o retrato da noite infinita

Onde tudo some e os sentimentos são sugados.

Roberto Panoff
Enviado por Roberto Panoff em 26/07/2015
Reeditado em 27/07/2015
Código do texto: T5324881
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