A morte

Volta e meia eu fico a vagar,

Pelo vale da morte sem me espantar,

Quantas vezes eu estive ali?

Sozinha e sem medo de cair?

O problema é que agora o medo me assombra,

Corroendo minha conturbada alma.

É talvez eu não queira mais morrer,

Talvez eu tenha me equivocado ao clama-la para perto de mim,

E tudo que eu quero agora é que ela vá embora daqui.

Mas é tarde para arrependimentos,

A morte quando chega ela não desiste enquanto não tiver com sua vida nas mãos,

E eu, mesmo que já tenha caminhado pelo vale dela e vencido,

Dessa vez eu não consigo,

Porque a morte é meu terrível destino.

Letícia Fonseca
Enviado por Letícia Fonseca em 11/08/2015
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