VENTO CRUEL

Minhas noites são frias.

Sinto falta do amor.

Mãos permanecem vazias.

Pele não tem calor.

Boca a pedir um beijo.

Quero um toque qualquer

que sacie o desejo

do corpo daquela mulher.

Ela se foi com o vento.

Partiu de volta pro mar.

Deixou na vida um tormento.

Comigo não quis ficar.

Agora o que fazer,

do pouco que sobrou de mim ?

Cacos a recolher.

Aguardar pelo fim.

Se a saudade apertar,

volte, venha correndo.

Vou guardar seu lugar.

A cama vou aquecendo.

Télio Diniz
Enviado por Télio Diniz em 17/08/2015
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