A sós
Ando sozinha,
Nesta vida sem rima,
Cega à realidade
Longe da intimidade.
Por que pôr limites
Se podemos explorá-los?
Caminhos traçados
Podemos criar.
Abra sua porta
E deixe-me mostrar.
Batida de porta
Eu sinto, então.
Sinto-me sozinha
Cá na escuridão.
Sombra plena,
Vida insana,
Voz serena,
Pessoa mediana.
Coração rejeitado,
Corpo quebrado.
Mexa-se, escuto,
Impotente, eu luto.
Levanto meu olhar,
E alcanço sua mão.
A escuridão desaparece
E chega a luz no coração.
Com alívio na face,
Digo-lhe, então:
Dai-me uma chance,
Ladrão de coração?