ADEUS  SOLIDÃO


Assolava-me às noites sombrias
Quanto tudo parecia escombro
Era tédio vazio nas noites frias
Em que os instantes vagavam
Um silêncio sinistro sorria pra mim
Na cama deitava meu corpo rolava
Um desejo calado em mim sufogado
No corpo abrigava uma ardência
Em mim relutante carência gritava
Era um silêncio na alma em conflito
Éramos um, eu abrigava a solidão.
No alvorecer d’um dia o sol me raiou
Abriu-se espaço na tela do céu
Uma estrela cadente vestida de véu
Em risos festivos tal conto de fada
Dissipou o negrume das noites insone...
Adeus solidão tuas vestes atadas em nó
Sai do meu coração, visto raios luzentes
Minhas noites banhadas de prata arrebol
Em sorrisos de festa aguardando encontro
Do dia sonhado de ver o sorriso do sol.
 
Fevereiro/2016
MargarethDSL