Quando eu fechei a janela

Quando eu fechei a janela

A chuva silenciou e o sofá me aconchegou,

Eu senti que o fim havia chegado,

Flertava no meu peito rasgando à faca,

O coração que batia sem efeito,

Eu vi o tétrico som do silêncio,

Ecoando aos meus ouvidos e preparando o terreno,

Para o tempo em que não há nada além de relento,

Meus olhos estão fixos na parede,

Mas olho pra dentro,

E vejo o nada,

A ossada do que um dia foi,

E não é mais,

As imagens estão ali,

Um furacão de dor e ansiedade,

De queda e queima,

De vento e copos sujos e vazios,

A alma é jogada de canto a canto,

Como um pedaço de trapo velho,

Deixa um rastro sujo por onde passa,

E odores podres como um escaravelho.