Cárcere
Me encontro na escuridão...
As paredes do meu ser me sufocam,
As correntes atam meus pés,
Me impedem de andar.
Presa no esquecimento,
Minha dor é atroz,
Quero gritar, mas quem ouvirá?
Não tenho como fugir!
Vivo a esperar,
Dia após dia,
Até que tenha a oportunidade,
De ver a luz do sol novamente,
Nem que seja por um instante apenas,
Através das grades que me encontro!
Almejo que os raios do sol,
Aqueçam a minha alma,
Esquentem o meu corpo,
Sinto muito frio aqui!
E transborde tamanho sofrimento,
Em grandes momentos de alegrias,
Ainda que momentânea,
Que renove a esperança de dias melhores,
As minhas forças,
E me faça quem sabe,
Acreditar que um dia...
Quem sabe?
A liberdade me alcance!
Que as algemas do meu ser caiam por terra,
Que o renovo me faça viver,
Tudo aquilo que não pude,
Intensamente...
Tudo que ficou para trás!
Que o fio da minha juventude se restabeleça,
Que as correntes desapareçam,
No buraco negro da minha história!
E que eu nem me lembre mais,
Que o cárcere da minha vida,
Existiu!
Simplesmente...
Desapareça de mim,
Esse cárcere que me consome!
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