DAS DISTÂNCIAS

Acolho a falta de ver,

algo que está distante,

esperando seu aparecer,

mesmo que por instante.

Enquanto eu não alcanço,

digo, por não estar perto,

ao menos fico aguardando,

que vai chegar, eu espero.

Porém, se bem está próximo,

ao alcance das minhas mãos,

olhar, tocar, até que eu posso,

apesar disso disto da atenção.

A distância física é de um braço.

Espiritual, outro lado do mundo,

mesmo com olhar, falta espaço,

à órbita do caminho rotundo.

Então decidir o que é pior,

dentre as circunstâncias,

física e alma, sem dó,

diferir das distâncias.