Tibérios

Veleidades

Olhares

Delírios

Humildes

Mendigos

A vida que a gente quer

É um barco a deriva

É um homem que habita

Uma ilha esquecida

São sonhos ocultos

É no silenciar do crepúsculo impuro

Um garoto caminha pela trilha das veredas da justiça

Tropeça e desaba.

Todavia erguer-se

E distraído contemplado

Um adulto um amigo.

A vida não foi majestosa, de tal maneira

O mundo não é tão simples

As pessoas são indecorosas

A sociedade é hipócrita

E a cada dia que passa

As manhãs

As tardes

As noites

Ficam cada vez mais enfadonhas.

Vou navegar p’ra minha imaginação

E em minha cachola

Aloucada, conflagrada e totalmente descompassada.

Crio um paraíso chamado Tibérios

Lá, há campos de lírios

Há bebidas para me deleitar

A comunidade vive em paz

Não há batalha

Lá, nada se rompe

As leis são cumpridas

Não há saque

Nem contrafação

É o mais primoroso lugar do mundo

É a vida que nós todos

Caçamos sem ameaça

Sem estorvos.

Geovanny Lino Coutinho
Enviado por Geovanny Lino Coutinho em 07/08/2007
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