Tibérios
Veleidades
Olhares
Delírios
Humildes
Mendigos
A vida que a gente quer
É um barco a deriva
É um homem que habita
Uma ilha esquecida
São sonhos ocultos
É no silenciar do crepúsculo impuro
Um garoto caminha pela trilha das veredas da justiça
Tropeça e desaba.
Todavia erguer-se
E distraído contemplado
Um adulto um amigo.
A vida não foi majestosa, de tal maneira
O mundo não é tão simples
As pessoas são indecorosas
A sociedade é hipócrita
E a cada dia que passa
As manhãs
As tardes
As noites
Ficam cada vez mais enfadonhas.
Vou navegar p’ra minha imaginação
E em minha cachola
Aloucada, conflagrada e totalmente descompassada.
Crio um paraíso chamado Tibérios
Lá, há campos de lírios
Há bebidas para me deleitar
A comunidade vive em paz
Não há batalha
Lá, nada se rompe
As leis são cumpridas
Não há saque
Nem contrafação
É o mais primoroso lugar do mundo
É a vida que nós todos
Caçamos sem ameaça
Sem estorvos.