Lá de cima

Procuro na lentidão dos meus passos,

Dar voo as minhas asas e, lá de cima,

E como águia, em caça, mira a vítima,

Buscar a vida nos sentidos escassos.

E nesta escassez de todos os sentidos,

Vão se as certezas diluindo a luz do dia,

E todo dia, nos pensamentos indefinidos,

A essência em cada verdade se esvazia.

Na abundância das incertezas revividas,

O tempo assinala a aurora que se limita,

E a alma capta as imagens deformadas,

Inundando o peito com nostalgia infinita.

E aqui do alto, acima, as asas se recolhem,

Tímidas, apoiadas nas mãos que tremem!!

MAReis

MAReis
Enviado por MAReis em 13/04/2017
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