Sozinhos
Na rodovia das almas proibidas,
somos todos batidas.
Feridas que não cicatrizaram.
Mágoas levadas,
assuntos inacabáveis.
Somos a solidão póstuma.
Gotas de lágrimas em rostos caídos.
Drogas para acalmar,
drogas para pensar.
Finitamente vivos.
Em nenhuma lembrança,
um império de mortos-vivos,
incrédulos com a balança.
Sozinhos.
Invisíveis.
Somos todos suicídio.