Sozinhos

Na rodovia das almas proibidas,

somos todos batidas.

Feridas que não cicatrizaram.

Mágoas levadas,

assuntos inacabáveis.

Somos a solidão póstuma.

Gotas de lágrimas em rostos caídos.

Drogas para acalmar,

drogas para pensar.

Finitamente vivos.

Em nenhuma lembrança,

um império de mortos-vivos,

incrédulos com a balança.

Sozinhos.

Invisíveis.

Somos todos suicídio.

Marquês de Verona
Enviado por Marquês de Verona em 17/04/2017
Código do texto: T5973320
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