Vazio Imenso

Vazio Imenso

Este imenso vazio,

Que minha alma tece

de teia, em seu redor,

em farpado arame.

São tenazes de frio

metal que padece,

rasgando, cruel, de dor

o ser, evo, por ditame...

Mas, alma, que lei te rege,

insensatez ou demência?

Que destino vilão tramas

Ao espírito que sustentas?

Que danado cão herege,

De uma bendita dormência,

O tentas? Porque das chamas,

Ao corpo, ardem tão lentas?

Este profundo vazio

Em meu coração dorido

De mágoas acutilantes

que lhe retiram vigor.

São tenazes de frio

Rasgando fundo bramido

Do silêncio que sustentas,

Acesas de tanto rancor.

Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=297527 © Luso-Poemas

Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 18/04/2017
Código do texto: T5974231
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.