O último pôr do sol

Desenhando olhares pelo céu

Num pensamento claro e iluminado

Cinzento céu de metal,

Saudades do dia ensolarado.

Ninguém tem o poder de mudar o tempo

O tempo não pode ser moldado,

A luz no fim do túnel é só uma vela

Uma chama de sol na esperança, reinventado.

O vento leva a nuvem cinza

E junto com ela vem a escuridão,

Da noite que cobre nossas cabeças

De chuvosa solidão.

O tempo nada mudou apesar de estar escuro

O sol é apenas um sonho futuro,

Que dorme por algumas horas ou dias

Deixando nossos corpos, saudosos,

Imergirem noites frias.

Eu busco e rabisco nessas folhas teu nome

Luz intensa que se apaga,

Pra que eu possa ter esperança

Após esta manhã sangrenta que me angustia,

Reacenda assim alguma pequena chama

Ou lembrança luminosa

Mas tristemente vaga e sombria.

Natália Camargo Dutra
Enviado por Natália Camargo Dutra em 30/05/2017
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