INFINITA NOITE

Uma,duas horas da manhã

eu aqui a embalar o tempo,

entre sonhos e pensamentos,

olhando as folhas a bailar ao vento.

Uma, duas horas da manhã,

a janela entreaberta,

me deixa ouvir claramente

o som de um vento temente

que a mim, amedronta a mente.

A cama, sempre vazia,

o frio, meu corpo arrepia,

o tique taqui, do relógio

parece prolongar anoite

o vento impiedoso

resvala em meu corpo

provocando-me cortes profundos

como a chibata,alimentando o acoite.

A noite passa sem pressa,

parece não querer findar,

os lençóis assistem a tudo, sem nada falar.

A solidão noturna me assola de desejos

me faz sentir saudades de ti,

de teus inesquecíveis beijos.

Uma, duas horas da manhã,

eu aqui, nesta solidão extrema,

neste solitário tema

sendo a inspiração deste poema.

SONIA BRUM

Sonia Brum
Enviado por Sonia Brum em 05/06/2017
Código do texto: T6019550
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