De Repente Você
De Repente Você.
É; você calada e eu com medo de falar.
Sem você tudo; o mundo; e o tempo parou.
É, você amada, e eu sem mais poder amar.
Nem mesmo sei se um dia me amou.
Da mão escapa a minha primavera.
Vivo as cinzas das chamas do meu verão,
Um deserto outono de saudades do que era,
Restou-me o frio inverno. O inferno, a solidão.
Apagar as luzes. Deitar e sonha sem dormir.
E depois, vencido pelo sono, sonhar com você.
Partir, voltar; sem ficar sem mesmo ir,
Tudo em volta sempre volta. Tudo se resume, você.
Continuarei assim, vazio, sozinho, perdido de mim.
Sem encontrar o meu tempo, vagando ao vento perdido na hora.
No peito a tristeza, a saudade de você. Enfim;
Eu aqui querendo estar ai. Onde está você. Agora.
Farias Israel – Abril/2017- SP