Madrugada

Na calada da noite,

é o vento que sussurra

no meu ouvido

e no meu pescoço

o medo de sempre.

Enterro-me nos cobertores,

lembrando-me de mamãe

falar como temer é bobo.

Só ela sabe das mentiras

ditas ao vento

para dormir tranquila,

porém, hoje,

o maldito não quer escutar

que não estou sozinha.