Visão cega

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E das profundezas do meu Ser moribundo

surge o grito que me cega os ouvidos

pela visão do Teu nome que absorvo

sílaba a sílaba

como se nunca saciasse a fome de Te amar...

Grita que me ouves quando me secas as lágrimas

de quando quase pereço na espera que escreve

desespero!

Diz que me sentes quando me pegas as mãos

de quando as ergo para acariciar o rosto que espelha

amor!

Mas se fico a pensar de como seria a vida sem Ti

cala-se o grito,

desaparece a visão,

molham-se as lágrimas,

caem as mãos...

ficando só o vazio profundo que me abraça

na solidão do sonho que escapou por entre

as batidas do coração... que parou.

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