UM ESTRANHO NA VIDA

Eu posso escrever a elegia mais triste

Que a brisa fria da noite me inspirar,

Mas a noite está tão clara e estrelada,

Que ouço ao longe a Lua cheia cantar,

Cheia de todo o romantismo que existe

No céu, no mar e na paisagem orvalhada.

Em noites como esta estendo os braços

Do pensamento e abraço o céu infinito,

E sinto que ainda não perdi a ternura,

Mesmo com o coração em pedaços,

Nem o brilho sereno do largo sorriso,

Apesar de todo o veneno da desventura.

Porque nas noites que passo em claro

Com a alma quebrantada e perdida,

Os versos caem do céu como o orvalho

Cai sobre o cenário triste da solidão,

E esqueço então que sou um estranho na vida

Quando os versos se fazem poesia no coração.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 22/07/2017
Reeditado em 09/09/2017
Código do texto: T6062022
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