NOITE

É noite!

E a solidão me pega em cheio,

saudade, que não sei de onde veio,

a me trazer lembranças vãs...

Solidão, saudade, companheiras, irmãs.

É noite!

e aqui estou eu

a me contar mentiras

pra esconder a dor,

e a esconder verdades

pra não enlouquecer.

E a noite passa...

Lenta, morna, sem graça.

Tudo que me alenta

é o gosto forte da cachaça

que me aplaca a dor.

Por fim manhã,

fim de noite e de agonia,

olho o sol que me desperta,

e que me diz bom dia,

e eu agradeço a DEUS...

Por me fazer poeta.