“Chuva que Leva”

E a chuva cai,

molhando minha alma,

despindo-me.

Estou nua, e entregue.

O cinza do céu

mistura-se com minha alma

molhada pela chuva fria.

Sinto a textura desse dia.

Dia sem hora.

Dia sem tempo.

Está chovendo

dentro de mim,

lavando minhas incertezas,

e escoando meus medos.

Um medo secreto,

que em mim habita

há muito tempo,

e que me confunde.

Medo de que?

De mim,

ou de meus pensamentos?

Não sei...

Apenas quero misturar-me na chuva,

e perder-me de mim, pelas aguas corridas.

Fabiola Teleken
Enviado por Fabiola Teleken em 22/10/2017
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