Vida após Vida

Eu me sinto corroído por dentro

Como cera em metal quente

Aquele barulho que estrala em todo canto

E só consigo lembrar das marcas de queimado pelo corpo

Aquelas que fiz sem pensar

Sem nem imaginar como seria

Fecho os olhos e minha mente não me deixa dormir

Quando os abro minha mente continua ali

Pregando peças comigo

Me fazendo pensar demais

Lembrar de coisas que não quero mais!

Às vezes queria apagar minha memória

E esquecer de quem eu sou

Fingir que jamais dormi com ninguém

E ninguém pela minha vida passou

Não ter memorias ruins

E ser como se tudo fosse novo de novo

E não tivesse que tomar nenhuma pílula,

Saber que não sou ninguém

E ninguém serei

É como ler um livro em que o livro é fim

Saber que jamais serei único

É como nascer de dentro do tumulo

E isso me frustra um pouco mais

As pessoas que passam e choram cais

São minha inspiração para cada história

Que crio na mente toda hora

E tento imaginar seus sofrimentos,

Se são mais belos que os meus

Se acreditam em algo

Talvez Deus

Se pensam na vida antes de dormir

Se morrem com fome ao sucumbir

Cada pensamento

Talvez eu não seja nada em meio a tudo

Talvez eu me sinta a todo tempo no escuro

E mesmo que alguém apareça e puxe minha mão

Mesmo que mais um seja sermão

Sempre resolvi tudo sozinho!

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 26/01/2018
Código do texto: T6236879
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.