Meu monólogo

A noite chega sorrateira,

Sufocando a humanidade sob lágrimas,

Me arrastando nesta solidão,

Onde tento remendar a minha existência,

Neste solilóquio de constrastes.

Me aproximo do espelho,

Vejo minha imagem em suas interjeições,

Interpelando este ser que se projeta do outro lado,

Num labiririnto de encontro e desencontros,

Marcado por emoções confessas em segredo.

Em cada expressão do meu rosto,

Percebo as marcas do tempo em seus açoites,

Diantes dos olhares atentos de minha consciência;

Envolta ora em gritos,ora em calmaria,

Estranhos deleites dos momentos vividos.

Mesmo com medo,

Vou seguindo entre as estações,

Desafiando o compasso das horas,

Neste eu seduzida em suas distrações,

Enquanto persegue seus rastros pelo tempo.

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 21/03/2018
Reeditado em 14/02/2019
Código do texto: T6286095
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