Barreiras Emocionais
Talvez versos tão simples não demonstrem
Lembro da senhora que acenava
De sua pequena casa escondida no monte
Velha solitária em dias frios
As folhas verdes e o barulho
A chuva cantava para ela, eu sei
O vento passava para conversar
Se repete, toda vez
Mesmo chá de sempre, por favor
Cheiro de velho junto com o sobretudo
Qual colocava para avistar da varanda
A sua volta os vários muros
Ela mesmo se prendeu ao mundo...
Se privou, se escondeu
Deixou de ter muitos momentos
Porque ser sozinha foi o que escolheu
Não sozinha, exatamente
Apenas sem pessoas por perto
Tinha medo, era carente
Já havia tomado a decisão que achava certo
Senhora, me deixe entrar
Você não me entenderia, mas tente
Eu te amei e ainda irei amar
Procurei longe, mas sempre perto esteve
As barreiras, os muros caíram
Eu senti seu abraço, era tão frio
Apenas beije-me incondicionalmente