A vida é um chiclete de menta
Veja que aposta furada
Apostar nas pessoas
Grandes amontoados de seres promíscuos
Cheios de preconceitos
Ah cara
Ultimamente nada me agrada
De fato não tenho mais paciência
Já não quero a coisa toda
Já não me disponho a jogar no campo deles
Me falta sangue
Me foge a calma pra aguentar
E continuar fingindo
E se não fosse pela falta de sexo
Nem estaria escrevendo esse poema
Mas é mais que isso
Tem algo que sopra meus ouvidos
Todas as noites
Como se me alertassem sobre óbvio
Como se prestassem a me salvar
Porque de certa forma
Venho cavado minha própria cova
É, alguém ainda tem paciência comigo
Alguém ainda responde a minha existência
Aos meus pequenos atos
E as pequenas consequências
Que nada mais são que expectativas
Frustradas
Só que agora se fazem frustrantes de mais
Pra seguir em frente
A morte tem sido travessa
Ousada demais
Atrevida
Mas sei lá
Ela é como uma amante ruim
Não quero me dá o trabalho de trair a vida
Mais do que o necessário
Da morte só quero o gosto
A saliva amarga
A vida é um chiclete de menta.
-G.