Infinito

Amo. E o amor bate no peito dolorido...

Porque amo amor sofrido

Repleto de lacunas e saudades...

Amo. O coração desconhece a idade...

Amo o que me cai às mãos e vem de ti...

Nem que seja um livro...

Já tantos amores vividos!

Tanto tempo, tanta lágrima

Escorrida de ilusões perdidas...

Tanta busca de abrigo em colo inexistente...

Mas amor é mesmo assim...

Sofre-se sem tê-lo

E ao senti-lo se sofre também

Por sabê-lo ausente

Tantas vezes descrente...

Quem há de entender o coração da gente?

Terra emaranhada que ninguém conhece...

Usando as imagens geométricas de um poeta

Talvez os amores sejam paralelas.

Lado a lado caminham

E sonham com o infinito

Pra virarem uma reta...

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 15/09/2007
Reeditado em 15/09/2007
Código do texto: T653523