SOZINHO DE NOVO
Estou eu aqui, mais uma vez, chutando lata,
Sozinho, triste de novo, sem ter ninguém,
Procurei, encontrei quem a mim convém,
Mas meti os pés pelas mãos. Ô vida ingrata.
Não importa se tenho tantas quanto quero,
Aos montes, lindas, de corpos ardentes,
Mas se não tenho aquela que eu espero,
A que escolhi ser minha para sempre.
Novamente estou perdido na perdição,
Dos amores fingidos, furtivos, passageiros,
Procurando por ela na minha imaginação,
E a tendo em outros braços por inteiro.
E ao ver-me despido do tanto que a quero,
E ela, mesmo sabendo que me faz tão bem,
Me fez mal, por que sabe que a ela espero,
E que ela seja real, como o real nos convém.