SOZINHO DE NOVO

Estou eu aqui, mais uma vez, chutando lata,

Sozinho, triste de novo, sem ter ninguém,

Procurei, encontrei quem a mim convém,

Mas meti os pés pelas mãos. Ô vida ingrata.

Não importa se tenho tantas quanto quero,

Aos montes, lindas, de corpos ardentes,

Mas se não tenho aquela que eu espero,

A que escolhi ser minha para sempre.

Novamente estou perdido na perdição,

Dos amores fingidos, furtivos, passageiros,

Procurando por ela na minha imaginação,

E a tendo em outros braços por inteiro.

E ao ver-me despido do tanto que a quero,

E ela, mesmo sabendo que me faz tão bem,

Me fez mal, por que sabe que a ela espero,

E que ela seja real, como o real nos convém.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 17/09/2007
Código do texto: T656093
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