NOTURNO

Noite... E eu só.

Tão noturno como o relâmpago vadio,

Padecendo em céu escuro.

Só como um pingo de chuva,

Frágil cristal que se esvazia

Contra terras secas.

Noturno eu,

Ébrio em madrugadas frias,

De bares e beira de cais,

De música e vinho.

Noturno vazio,

Em meio a tantas pessoas.

Pedaço de sol em noite fria,

Resto de perfume, frasco que se quebrou...

Vadio noturno. Eu apenas,

E meus passos pelas ruas molhadas,

Em busca do infinito.

(do meu livro de poesias “Tatuagem”)

Eva Gomes de Oliveira
Enviado por Eva Gomes de Oliveira em 30/09/2007
Reeditado em 19/07/2009
Código do texto: T675211
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