A guerra do próprio eu

Sou uma peça descartável

um homem pronto para guerra

enquanto outros se tornam uma peça imensurável

com sentimentos na goela

momentos sonhando em ser o mais forte

mas a vida me entupiu de cicatrizes

Queria ser doce como um bolo

mas tenho muito sal

estou mais para um feijão com loro

um homem sem destino e final

procurando ser o açúcar

em uma onda de amargor

nascido para sofrer

quebrando a cara para conseguir notoriedade

o que me resta é correr

da minha própria responsabilidade

comendo cicuta com gelo

vendo meu próprio funeral

Queria ser um escritor de sucesso

mas cada ano parece que esqueço de escrever

cada fase é um recesso

o precipício está na minha frente e não consigo ver

preciso lutar contra meus medos

dos meus próprios monstros

7 horas da manhã um mero estudante

confuso e indeciso

meus sentimentos ficaram em uma estante

o meu fim é o único lugar preciso

indeciso e com baixa auto estima

sem dinheiro, sem amigos e sem mina.

Cada dia mais enfermo

em um mundo de ilusões

você precisa pagar um termo

para perder suas emoções

se quer poder e notoriedade

você precisa viver em um mundo de mentiras

os anjos não virão

palavras bonitas um dia terminam

se não tiver nenhum sentimento e razão

Inverdades um dia secam

em um mar de luxos

o que você tem é um mero número

Sentimentos quebrados

a ponte está bamba

tentando ser neutro sem assumir lados

formando uma estampa

para não ferir os outros

mesmo os outros me machucando.

Daniel SG
Enviado por Daniel SG em 01/01/2020
Código do texto: T6831819
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