Medo de Amar

De um momento a outro

Percebi seus olhos fixos

Presos em algum ponto distante

Longe o pensamento voava

Atribuindo ao medo sua dor

Dos mesmos olhos vermelhos

Escorriam Lágrimas, salgando o chão

traduzindo perfeito, o álibi

Pela ausência que ficou

Um deserto então se formou

Distante, imprevisível e só

Acompanhando seus dias

Escondendo-se no escuro vil

Dos seus temores

Aparecendo em seus sonhos

Murmurados, inconscientes

Na voz trêmula, indecifrável

Misturando-se ao suor e febre

Causados pelo medo de amar

ANGELO RONCALLY
Enviado por ANGELO RONCALLY em 11/10/2007
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