Medo de Amar
De um momento a outro
Percebi seus olhos fixos
Presos em algum ponto distante
Longe o pensamento voava
Atribuindo ao medo sua dor
Dos mesmos olhos vermelhos
Escorriam Lágrimas, salgando o chão
traduzindo perfeito, o álibi
Pela ausência que ficou
Um deserto então se formou
Distante, imprevisível e só
Acompanhando seus dias
Escondendo-se no escuro vil
Dos seus temores
Aparecendo em seus sonhos
Murmurados, inconscientes
Na voz trêmula, indecifrável
Misturando-se ao suor e febre
Causados pelo medo de amar