Há ribeiros nas paredes lá de casa -

Há cascatas de luzes nas cortinas -

Há janelas multicoloridas tocando samba de doer -

Há muito feijão no sonho de um quarto sem ventilação - mas umas curvas fazem o lençol ondular sob a valsa de um ventilador - não existe flores sem quintal, nem a área pode chover ternuras de uma tarde melancólica. -

Não há nada, só minha vida que se esvai sem cores, sem sabores, com dores e muita solidão entre escunas a boiar em mar encapelado de fúria de mim, pedindo para mim ir, tardou, virei estrume de empecilho -

FUI. j.Torquato