A Vontade e a Saudade

Ouço som de passos...

Ouço divertidas risadas...

Ouço o silêncio do seu olhar...

Sinto o tempo parar por um instante...

E caminho para dentro da minha vontade...

E lá eu revejo meus bons e velhos amigos...

E lá eu encontro o amor dos meus pais...

O passado é deixado para trás, mas não por mim...

Eu sou um guardião de estandartes...

E caminho na minha vontade, via verso, até o fim...

Ludibriado pela mais viciante das minhas artes...

Sinto falta das lembranças da infância...

Sinto falta dos dias de molecagem...

Sinto falta dos anos vividos a cada segundo...

Sinto falta da minha ingênua vadiagem...

Mergulho intenso na minha saudade...

Mergulho sozinho... Sozinho e deixado pra trás...

Não sei se suportarei a solidão pela eternidade...

Pois o verso corrói... E corrói voraz!