SOLIDÃO
Eu olho para cima e vejo:
Nuvens brancas num céu lindo azul
E um pássaro que voa numa missão de paz.
Eu rabisco na areia alguma coisa
E na emoção que sinto eu tento imitá-lo.
Longe, um navio apita na sua partida,
Levando esperanças e deixando alguém que chora.
Sinto no rosto o vento que encrespa as ondas do mar
E na imensidão do mesmo, a saudade de alguém.
Caminho pela praia entre barcos e gaivotas,
Deixando minhas pegadas tristes e solitárias,
Que como eu,
Vão se perdendo no meio dessa paisagem.
Me bate na alma o murmúrio das águas
E leva meu grito até as rochas perdidas.
Hoje não tem sentido querer partir,
Nem tão pouco querer ficar.
Pouco me importa virar para a direita,
Ou para a esquerda, se não vou te encontrar.
Guardarei a imagem de um pássaro que voa,
Num céu azul de nuvens brancas em missão de paz.
Recordarei o som do apito de um navio que parte
E deixarei que o vento enxugue minhas lágrimas,
Fazendo-me lembrar com doçura o sorriso de alguém.
Deixarei que o tempo apague este vazio,
Igual as minhas pegadas que ficaram para trás.