A Ferida sempre Aberta

Quando em dias de conflito

a tranquilidade e o equilibrio se vão

dias que mais se parecem noites

sombrias como todo o mau

A dor da solidão é inevitável

Dizem que a dor purifica

E que ninguém se conhece enquanto não sofrer

Quando estou só eu me encontro andando por um caminho estreito

florestas de imensas árvores negras

A imensidão do céu sem estrelas

apenas um enorme manto negro acima de mim

abismos sem fim rodeiam o caminho

uivos de animais famintos ecoam

o frio gelado corta minha pele

tuneis de cavernas gigantescas tenho que atravessar

Isso tudo me atormenta os sentidos

Caio de joelhos

Deseperado choro

perco os sentidos

Não vejo a noite passar

Quando de súbito

A nuvem negra se movimenta

e pequenos raios de luz cortam a escuridão

O sol me oferece sua face

Lentamente o cenário se transforma

A noite mais negra

No dia mais claro

O frio mais cortante

No calor mais intenso

Aquele que a pouco era o inferno

se transforma no mais lindo paraiso

Escuto agora não terríveis uivos

e sim o canto da natureza

Mas nada disso me agrada ...

e a ferida não cicatriza nunca ...

Polyane
Enviado por Polyane em 17/12/2007
Código do texto: T781983
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.