Ah! Suma!
Assuma: você quer que eu me suma,
consumido até onde a culpa consuma
e em vício e precipício se resuma.
Mas não vai dar, perdão
eu não posso lhe dar não.
Você insiste em me enfezar
com sua costumeira fezinha
mas contigo não brinco nem quero jogar
fora minha vida, que só adeus
cabe julgar.
Cansei de ver o meu cancioneiro
presente por inteiro
somente em cativeiro.
Meus poemas só te servem
para alimentar a roda da fortuna
que a mim não deixa sorte alguma.
Ah! Suma!