Memórias

Como sonâmbulos no meio da madrugada, pensamentos confessam para coração o que a razão condena.

A boca não fala, mas o corpo expressa.

Saliva, arrepia, dilata, molha ...

Quase dói, quase goza, quase chora ... quase grita.

Silencioso domínio do sentir

Como travar uma guerra santa com seus demônios.

Quando você não sabe se chora por si ou se ri de si mesmo.

Nos ouvidos uma canção que mais parece um lamento te dizendo coisas.

A música é uma terapia cruel, ou te causa euforia ou te joga no chão.

A lágrima é de saudade ou de agonia.

A memória nunca aciona a alegria se ela for realista.

Ana Paula Cardiano
Enviado por Ana Paula Cardiano em 01/03/2024
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