Um Poema Rabiscado Numa Árvore

Os ventos que levaram-me para longe de ti.

Os sonhos que mantenho por ti, ainda são os mesmos de quando parti.

Nunca vai ser um adeus.

No outono quero velejar, entre as folhas para te ver dançar.

A luz que me trouxe a este mundo não soube me guiar.

E mesmo perdido pude te encontrar.

Palavras rabiscadas no céu.

São cartas escritas em vão.

Tolos são os ventos que não te trazem para perto de mim.

Leia as cartas e veja que toda distância tem um fim.

Escrevi para um anjo e mandei para ti.

A solidão continua a me assombrar.

Tua lembrança carrego comigo e com ela enfrento qualquer inimigo.

Amo tua doce voz e o teu meigo sorriso.

Estou longe de casa mas teus braços são o meu verdadeiro abrigo.

Um véu negro são teus cabelos.

Escuros como uma noite sem lua.

Lembro-me do primeiro presente que tu me deu.

Um lindo sorriso e meu coração cedeu.

Louco e apaixonado por aquela menina que usa óculos quebrado.

Era sutil, a perna do óculos não lembro se foi em abril.

A primeira vez que a vi ela estava a dançar.

Não imaginávamos que no que íamos nos tornar.

Amigos,

Inimigos,

Loucos,

Ou se cada um de nós teríamos o nosso lugar.

Tinha tantas pessoas naquele lugar, então porque meus olhos resolveram lhe achar?

Ela dançava sem notar, sem perceber que meus olhos tristes estavam a lhe acompanhar.

Cada passo para lá e para cá.

Sempre com aquele sorriso no rosto que ainda me ponho a lembrar.

Ela tem um jeito peculiar de existir, diferente das rosas, da lua e do mar.

São tantas palavras que nem sei mais com o que rimar.

Oh querida

Você não quer por favor me levar pra casa?

Estou cansado de chorar, sozinho durante essas noites sem você para me abraçar.

Então por favor apenas me leve para casa, preciso deitar.

Leomar Sousa Cruz
Enviado por Leomar Sousa Cruz em 04/03/2024
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