A culpa são das flores!
Já procurei pelas quatro paredes, pelo teto, e as gavetas da estante
No meio dos livros, e dos destilados, até no fundo da taça, depois de beber a vinha
No som, e no rangido da porta... Ao vento, no escuro e na luz
Nem na poeira da vidraça, da janela, aceita meu toque, procuro dedilhar
E o atrito, se faz esmaecer, os olhos, nos lábios nem saliva
Do entardecer, o prenúncio da noite... A mercê, com a solidão...
E o silêncio, até ele de mim esqueceu, no fundo da minha alma, saudade
E um alvoroço que sou incapaz, de consertar... Diante minha fraqueza...
Que foi mais forte por temer... A astúcia de quem tem o poder!
Tão tênue a noite a fitar com a rebeldia da lua;
O alvoroço sem cessar, quebranta a luz com alquimia;
E dentro do anel de Saturno, não capaz, de esconder toda a felicidade, e a mercê,
De olhos, desavergonhados que sugam a seiva alheia
E lançam espinhos e pedras, até destruir... A áurea, e o abismo entre o bem e o mal,
Provocam, até quem carrega o perfume, o tão perfeito aroma das flores nas mãos,
E puxam pela leveza das pétalas, a pureza, e ingenuidade deixando um labor
De que a culpa são das flores!