A FUGA...
Travam-se muitas vezes batalhas inúteis
No vasto interior sinistro e claustrofóbico,
Submergindo o "eu" carente e hidrofóbico
Nos mar mediterrâneo dos amores fúteis...
E o descontentamento é público e notório
Na reciprocidade do amor que não sentem...
Amam-se com as bocas, mas os olhos mentem
Na escuridão do orgasmo insosso e transitório...
Não há como fugir da fortaleza erguida
Em volta do que um dia se chamou de vida,
Quando essa era vivida em pompa e onipotência...
E cumpra-se a sentença em pavilhões de dores;
Veladas com as lembranças de antigos amores,
Na pedra tumular que lacra a consciência...