Lançando no Abismo
Há no ar
Um quê de solidão
Uma inexplicável ausência de mim
De ti
Do mundo
Um quê de dor latente que corrói a alma
Como o zinabre corrói o cobre
Julgo-me impotente diante da vida
Carente, ausente e desprovida
De sentimentos nobres
Tenho medo
Dor
Choro na alma
Tenho sensações de abandono
De pressa
Sentimentos misturados e conturbados
Que me inibem e me levam ao abismo de mim
Construindo muros altos quase que intransponíveis
Faço meu forte, minha armadura, meu elmo
Essa sou eu
Um precipício de mim
Um abismo abnegou e solitário
Onde a solidão se alia a mim e me joga
No abismo do mundo.
Rosane Silveira
Às 16:53 do dia 19/01