INVERNO
Vaza de minha alma o silencio
que inunda a noite e os vales sombrios
Meus campos ausentes de passarinhos
esfriam-se nas mãos dos ventos de maio
As pombas do mato arrulham as tristezas
que habitam o meu coração
As sementes esperam em vão
pelas chuvas extemporâneas
As flores não virão
Pois é inverno,
Sempre será inverno
a dançar as folhas secas nos meus olhos
Na imensidão da existência