Solidão

Nave-Mãe,

Ah! Nave-Mãe,

Efêmero altar meu...

No silêncio,

um torpor em agonia:

tijolos esmaecidos

pelo tempo

Deixando-me fora de mim.

Janelas fechadas

Escuridão:

Vou da insensatez

Ao choro!

Desgastada...

Ferrolhos enferrujados

Sem escolhas,

Lágrimas teimam,

Por gotas dessa ilusão.

Silêncio surdo-mudo!

Será ironia ?

Quem sabe, velhice...

Em leito de morte,

Esfumante a alma

Em despedida...

Na certeza única

De que um dia fui luz!

Iára Pacini

01/02/008