Sem Sono (Mais Uma Vez)

Esta inquietude sem sentido

Já é tão tarde...

E o meu relógio marca o mesmo horário de ontem.

Meu corpo não comporta mais tanto sentir.

A sensação é de que escapam sentimentos tantos

Pelos meus olhos sempre abertos...

Meus pés se balançam sem calma...

Vagam dúvidas mesmas de sempre...

Aflição sem dono... Aflição sem sono...

As estrelas do teto do quarto...

Brilham e apagam na medida que o dia chega...

Fabriquei meu céu particular...

Porque estou sempre sem sono...

A noite passa...

As estrelas dormem...

A lua descansa...

E meu sono...

O mesmo horário, o mesmo relógio...

Um choro seco, sem lágrimas...

Eduquei meus músculos oculares...

Sabem quando podem lacrimejar...

Dor... é de cansaço...

Espera por nada... e eu ainda de pé...

Me deito no vago espaço da cama...

E parece grande...

Mas não acomoda este meu corpo tão carregado de coisas suas...

Conto as horas...

Conto as estrelas poucas que restam...

Conto os cantos do quarto sem léguas...

Os espaços entre nós...

Conto os nós...

Só náo conto mais este meu pensar que é tanto!

Água doce, camomila, maracujá...

Cafuné!!!

Algo... alguém... Calmante!!!

Sono de volta... Sonhos de volta...

Meu corpo não comporta mais tantos anseios, tantos desejos e aflições...

Tudo e tanto... por tão pouco ou nada...

Eu quero realizações!!!