A Sombra

A sombra se ergue na escuridão

No silêncio dos tormentos demoníacos de nossa mente

Emergindo com sua face sem face

De todos e nenhum, pertencentes a mim mesmo

Emergindo enquanto permanece envolto na escuridão

Como uma ameaça invisível

Nosso Frankentein que vaga urrando o nome de seu criador

Pelo deserto de gelo que se rompe sobre seus pés, afundando em si mesmo

Como os “temores nascem da incerteza e da solidão”

Tempestuoso, estrondoso, nuclear

Suas “verdades” incertas

Pensamentos com grilhões e torturas medievais auto-impostas

Réu, Juiz e carrasco

Que se oculta por hora.