Sou a soma de fracassos!
Fui mãe, dei luz
Sou ninguém,
Ninguém me conduz
Já dei minha vida,
Hoje busco a morte
Se fui um dia forte,
Perdoa, foi só ilusão!
Já não sou nada,
Nem ninguém,
Estou no fim da estrada
Da solidão sou refém.
Das vidas que vivi,
Já não sinto, eu morri.
Fui soma de vidas,
Mas somei fracassos,
Sou mulambo, sou pedaços.
Acreditei na vida um dia,
Sonhei viver uma poesia.
Sou sombra infame,
Já não há quem me chame,
Se, de mim, lembrar-se um dia,
Fui a que nasceu com a poesia,
E morreu cercada de hipocrisia!