Eu abaixei minha cabeça

Senti o poder estranho

De a morte imperar sobre a vida

Deixei órfãs crianças

Enviuvei esposas

Perdi o perdão deles

Eu desejava estar morto

Eu abaixei minha cabeça

Eu abaixei minha cabeça

Numa breve manhã

Eu vejo a forca

Acima da colina

Em um horizonte distante

Vi um cavaleiro sozinho

Atravessando a campina

Eu abaixei minha cabeça

Eu abaixei minha cabeça

Ele veio me encantar

Nós corremos juntos

Voltamos para o reino

Rezei por misericórdia Divina

Para que em breve

Eu pudesse estar morto

Eu abaixei minha cabeça

Eu abaixei minha cabeça

E memórias a muito

Arrancadas de minha cabeça voltaram

Senti o frio, o vazio

A ausência de dor.

E depois uma paz reconfortante. Mas,

Eu abaixei minha cabeça.

Eu abaixei minha cabeça.

Eu tive medo de lutar.

Aguardo seu comentário. Não apenas sobre como esse texto está escrito, isso também é muito importante e ajuda-me a sempre melhorar minhas letras. Mas, o que realmente me interessa é a relação entre o texto, como obra viva e independente, e você, leitor. A que ele o remete, como, por que? Essa é a beleza de um texto: um sentimento meu cristalizado, conecta-se a um sentimento seu e, assim, torna-se um sentimento universal.

Obrigado.

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