O Solitário e a Champanhe

Solitário como nunca

Eu me sinto bem

Perdido entre espumas

Nada me convém

Já estou farto

Deste champanhe amargo

Que me fez menos solitário

Neste quarto gelado

A Garrafa sorri

E me seduz

Mas me traz lembranças

Que eu desejo esquecer

Tão doce é Champanhe

Quanto o beijo

Da amada agora distante

Que há tempos não vejo

E há tempos não amo

Mas há tempos não esqueço

Minha Amada amante!

Será que ainda te mereço??

Com a champanhe

Da minha dor esqueço

É o fim do dia

Um novo começo

O quarto está escuro

Na cidade as luzes brilham

Mas lá tudo é impuro

Me dá até medo !!!

De numa impureza

Encontrar a felicidade

Prefiro a solidão

E sua disparidade

Que hora me enfraquece

hora me Enlouquece

Me faz forte

E me faz rebelde

E na minha rebeldia

Quero sua ousadia

Quero companhia

Para um novo dia

Prometo que vou te beber

Até tudo esquecer

Me prove champanhe!

Que só preciso de você

Minha doce companhia

Champanhe roubado

De alguma companhia

De ladrões engravatados

Me faz tão feliz

E tão menos solitário

Te quero como nunca quis

Algo tão amargo!!

Perdoe meu paladar

Paladar insano

Que não sabe

Ao menos te apreciar

Doce champanhe

Quero te despir

Várias de você

Na noite consumir

Ficarei menos solitário

Perdido nos seus braços

Champanhe francês

Vieste do espaço??

Pois o que falas

Parece poesia

Sua voz

Esbanja melodia

É tão doce

A sua companhia

Quero para a eternidade

Você e a boemia

Black Poeta
Enviado por Black Poeta em 09/05/2008
Reeditado em 12/04/2009
Código do texto: T982806