SONHO, EMBRIAGUEZ E SEXO. eu e ela.
Levou sua mão tremula, mas, sem resenha para dentro das minhas calças.
Constrangeu-se com o volume.
Apertou, massageou, levou-o de um lado a outro. Fez com que fosse seu.
E era!
Era?
Dor?
Não!
Gemidos?
Sim!
Prazer?
Não sei. Sempre desconfio delas, por mais que maximize as minhas atuações:
Cheiros; olhares; velas; jantares; elegância; cortejo; toque macio; toque forte; mordidas e sussurros. Nisto sou bom. No canto da orelha. Elas adoram. Sempre da certo...sempre.
Trouxe para sua boca quente e macia.
Era pra ser um jantar. E foi!
Foi?
Não agora. Apesar da minha fome e da sede dela, ambos estávamos com a boca ocupada.
Eu, nela. Ela em mim.
Seguiu-se
Vinho propício ao “tesão”.
Tirei toda a sua roupa. Por sinal, que bela roupa.
Linda mulher. Morena, encaracolada, mais ou menos 1 e 70 de altura, toda natural. Dava uns trinta. Depois descobri que tinha 35. E descobri mais dela. E ela descobriu mais de mim.
Estava pronta para a penetração que aconteceria em breve. Muito breve. Últimos acordes, últimos olhares.
Estávamos na sala de um lindo e grande apartamento, herança de seu pai falecido. Muito bem localizado, frente ao mar de Cabo Frio. Pintura; luz; moveis e quadros de figuras mortas, tudo acontecia ali e agora. Tudo muito organizado. Planejado.
Pra minha chegada.
Minha chegada?
Confesso que não sei.
Retiro “de vez” sua calcinha vermelha e encharcada.
Nossa!
Que visão.
Penso na sorte do momento. Penso...penso...
Estatificado fiquei.
Queria congelar aquela cena. Queria gravá-la muito na minha memória. Queria que alguém confirmasse pra mim, o que me acontecia.
Voei em seu pescoço. Boca. Peitos. Cintura. Bunda. Pé. Virei-a e agarrei em seus cabelos com força e penetrei. Penetrei não somente em seu corpanzil. Penetrei em seus desejos ocultados pela gélida relação anterior.
Os gemidos aumentaram. A minha respiração sufocou-a. As minhas mãos apertavam sem medo os seus seios. Os meus dentes mordiam os seus lábios carnudos e outras partes mais.
A sua louca paixão e volúpia me envolveram como uma deusa grega escraviza os seus adeptos e adoradores. O sacrifício, o ritual, a epifania, o lugar sagrado sendo profanado por dois mortais nus. Entrelaçados, carnaviados, uma empolgante mistura dionisíaca e apolínia. Apolínea de sua arte, perfeição, simetria corporal, beleza, harmonização do ser, forma encantadora, sonho sem limites. Dionisíaca da minha parte. Não querendo me afastar do momento, vivendo assim a totalidade da coisa, bêbado de prazer, força, virilidade, hostil ao futuro sem este deleite.
Sonho, embriaguez e sexo. Muito sexo. Todos os sexos: verbal, oral, penetrável, não penetrável, vaginal, anal... de todas as formas. Posições múltiplas.
Masturbamos todos os nossos instintos e limites. Os mais selvagens possíveis. Um verdadeiro louvor a carnalidade.
Não foi o gozo, a apoteose. Este já havia acontecido na hora em que a conheci. Mas, gozar nela e pra ela revelou sensações despertas depois de anos engessadas.
No restante da noite trocamos algumas confidencias e números dos celulares.
Jantamos.
Pois era um jantar.
Era um jantar.
Professor Moises