Longe da gaiola
nada quero agora.
digo não ao beijo tarde,
no escuro quarto
sem janelas.
não quero velas,
nem caravelas.
quero ver o movimento
das figuras na lama escura
colada na parede.
não quero literatura,
cinema, escultura.
quero ver lá fora
o cão sem dono,
o pássaro longe
da gaiola.