AS MINHAS DORES E DOS MEUS AMORES

Só eu sei das minhas dores

Porque gemo não só pelas que

perpassam o meu corpo e a minha alma.

Gemo e me aflijo pelas dores de muitos amores.

Quem poderá imaginar o tamanho da minha dor?

Quando choro por uma dor

Multipliquem-na por duas,

Por três,

Por quatro,

Por tantas e tantas vezes forem

As dores de meus amados, meus amores.

Quando um está em festa,

Regozijo-me na certeza de que aquela felicidade

Não é só dele, é minha também.

Quanto outro diz que dói lá no fundo da alma

A minha alma é afetada também.

E se o outro demora a dar notícias

Minha preocupação vai ao seu encontro

E logo a notícia chega,

Às vezes boa,

às vezes não tão boa.

E quando a dor é de quem está sempre aqui

Bem pertinho

Lado a lado caminhando comigo,

Aí é que dói

Dói mesmo

Dói muito

Quanto maior o amor,

Maior a dor,

Quando é mesmo que são tão somente minhas as dores?

Ou quando é mesmo que as dores são tão somente dos meus amores?

As dores são minhas e dos meus amores.

Homenagem a Gilma Belmon

Gilmara Belmon
Enviado por Gilmara Belmon em 06/05/2016
Código do texto: T5626882
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